Nem perto, nem longe!!
O primeiro ajuste que se faz no banco, em geral, é o longitudinal.
O condutor sempre deve ajustar a distância do banco aos pedais e volante de modo que as pernas e braços fiquem um pouco flexionados (nos carros comuns, as mãos devem acompanhar a posição dos ponteiros do relógio
às 10 para 2h. Nos carros com airbag, que são mais pesados, a posição é a de 15
para 3h), permitindo o acionamento completo da embreagem, sem esticar demais a perna, e o uso perfeito do volante e da alavanca de câmbio, sem precisar se afastar do encosto.
Ao sentar, escorregue o bumbum no banco até que a base da coluna esteja
plenamente encostada no encosto do banco (o nome dele já diz para o que serve).
Sentado muito próximo, o motorista tem as pernas flexionadas demais, o que cansa rapidamente. O pedal de freio pode ficar muito "alto", atrasando seu uso em emergência, e há o risco adicional do volante muito perto se houver Airbag.
Muito distante dos pedais, a embreagem pode não ser acionada totalmente, o mesmo ocorrendo com o freio se houver pane num dos circuitos hidráulicos, em que o curso do pedal aumenta. Braços pouco flexionados também geram cansaço e prejudicam o controle da direção em manobras rápidas.
Ao utilizar os ajustes de altura do banco e do volante, procure manter o topo do aro do volante no mesmo nível do queixo. A altura ao sentar-se é uma escolha pessoal, mas observe se permite boa visibilidade. Vale lembrar, porém, que quanto mais distante do teto melhor, no caso de capotagem, pois reduzem-se as possibilidades de lesões na cabeça. Confira também se a ancoragem do cinto na coluna está na altura adequada.
O cinto de segurança não pode estar torcido ou dobrado em nenhum ponto e a faixa
horizontal deve ficar na altura da bacia do corpo, para poder segurá-lo. O cinto
serve para impactos com velocidade até 70 km por hora. Acima disso, o corpo fica
sujeito a lesões e nem quem está de cinto se sai bem.
Um apoio lombar (na região dos rins) adequado é muito importante em longos percursos. Se houver regulagem, utilize-a para sentir leve pressão nessa região, que também ajuda a manter a postura correta. Se o banco cedeu com o tempo ou não oferece o apoio desejado, pode ser válido providenciar um enchimento para a região em um tapeceiro.
Outra verificação muito importante é a posição do encosto de cabeça: deve apoiar na altura dos olhos, não abaixo, e não pode ficar muito para trás. O risco está numa colisão pela traseira, ou mesmo pela frente, que pode gerar o "efeito chicote", quando a cabeça chicoteia fortemente para trás ou para a frente e depois no sentido contrário, podendo lesionar a coluna cervical.
Se o passageiro quiser dormir, recline levemente o encosto do carro. Numa colisão, o corpo escorrega no banco e a
alça pode prender seu pescoço.
O pneu é a única parte do carro que encosta o solo. Portanto, além de usar pneus
em bom estado, siga à risca o calibre informado no manual do veículo. Se seu
carro é usado e veio sem manual, vá a uma loja autorizada da marca e se informe.
Seguindo essas pequenas dicas, você evita o cansaço rápido das pernas e braços e se previne de alguns fatores mais graves em caso de acidentes.
(Fonte: Carros & Cia; Pilates Plus)